Com os trabalhadores <br>e o povo grego
A CGTP-IN condena a ingerência das instituições europeias e do FMI na Grécia, bem como a «sua política de chantagem, humilhação e esmagamento dos direitos dos trabalhadores e do povo grego». Numa nota emitida a 30 de Junho, a Intersindical considera que «a tentativa de imposição de um novo pacote para perpetuar a exploração e o empobrecimento constitui um atentado à democracia, à dignidade e à vontade soberana de um povo e de um país» afundado por dois programas de agressão e que se confronta com uma profunda crise social e humana.
A coberto de dificuldades económicas e financeiras, as instituições europeias e o FMI pretendem impor opções políticas de fundo que, afirma a central sindical, visam «dar sequência, na Grécia como em Portugal, à transferência do rendimento do trabalho para o capital», aprofundando o «ataque a direitos laborais e sociais e a extorsão da riqueza dos países».
Num contexto em que «o capital e as grandes potências europeias não se mostram interessados em resolver os problemas económicos» da Grécia, a CGTP, que «reafirma a sua inequívoca solidariedade aos trabalhadores, ao movimento sindical e ao povo grego», critica de forma veemente a atitude servil do Governo PSD/CDS-PP e do Presidente da República para com o FMI e a UE, tanto no que respeita ao «apoio dado à chantagem para novas e mais gravosas medidas contra o povo grego» como relativamente «ao processo português».